Editorial de agradecimento

03
Dezembro
2018

EDITORIAL DE AGRADECIMENTO
 

O IV Congresso do Bombo, realizado nos dias 23, 24 e 25 de Novembro no Auditório dos Serviços Municipalizados da Câmara Municipal do Seixal marcou o compromisso pela valorização da cultura, da história, da pessoa humana e da vivência do nosso património imaterial, porque juntos somos mais fortes. Ao longo de três dias fomos mais de 500, dos quais mais de metade veio pelos seus próprios meios.


Assim, é com muita sinceridade que quero, em nome do Tocá Rufar, expressar o meu mais sincero agradecimento a todos quantos têm apoiado e contribuído e ainda o fazem, pessoas e instituições, para esta caminhada de valorização da prática das percussões tradicionais em Portugal.

 

O apoio da Câmara Municipal do Seixal à realização do IV Congresso foi mais de que generoso, foi e tem sido um apoio franco e virtuoso. Desde o pessoal da portaria, passando por todos, até ao Sr. Presidente, o nosso grande obrigado. Se não fosse esta autarquia, estávamos metidos numa alhada, porque inicialmente convidamos 6 grupos a virem; e vieram 25!


Agradecemos ainda o apoio das autarquias - nomeadamente dos nossos parceiros no projecto de inventariação e investigação, a Câmara Municipal do Fundão, representada pela Sra. Vereadora Dra. Alcina Cerdeira, a Câmara Municipal de Amarante, representada pelos líderes dos 4 grupos convidados, e a Câmara Municipal de Viana do Castelo, representada pela Sra. Vereadora Dra. Maria José Guerreiro, as quais, reconhecendo o valor do nosso trabalho e empenho, proporcionaram a vinda de tantos grupos.


Estivemos presentes, nós os tocadores, as nossas memórias, testemunhos, factos e acontecimentos, nossos sucessos e receios, num evento de reconhecimento da relevância patrimonial do bombo e das tradições a ele ligadas, o seu valor excepcional como símbolo identificador de Portugal, o seu enraizamento profundo na tradição e história cultural do país, o seu papel na afirmação da identidade cultural e a sua importância como fonte de inspiração e de troca intercultural entre povos e comunidades. Mas faltava e falta tal reconhecimento pelas entidades competentes.


E porque ainda subsistem muitos grupos de bombos com conhecimentos ancestrais transmitidos de geração em geração – da construção dos instrumentos, ao modo de os tocar e ao chamado repertório, os “toques”, desde o I Congresso firmou-se a promessa inicial de que haveríamos de candidatar os esta prática a Património da Humanidade.


Foi então desenvolvido um projecto de pesquisa sobre as práticas dos bombos em Portugal pela Associação dos Amigos do Tocá Rufar em colaboração com o INET-MD de Lisboa e Aveiro e as Câmaras Municipais de Amarante, Fundão e Viana do Castelo. Juntamos esforços, juntamos investigadores, universidades, autarquias, juntamos os grupos em encontros e festivais de bombos e a candidatura do bombo a Património Cultural Imaterial está pronta, mas tropeçou em problemas técnicos com a plataforma "on-line" de registo da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), a MatrizPCI.


Aguardamos ansiosamente pela validação do novo site da MatrizPCI até antes do final do ano, tal como prometido pela Direcção-Geral do Património Cultural.


Contudo, sentimos-nos optimistas  e agradecidos aos participantes do IV Congresso que manifestaram a sua vontade de cooperar no desenvolvimento de iniciativas que promovam e dignifiquem a PATRIMONIALIZAÇÃO da CONSTRUÇÃO e PRÁTICAS TRADICIONAIS COLECTIVAS DOS BOMBOS EM PORTUGAL. E não há palavra melhor do que um grande e sincero obrigado!

A equipa do Tocá Rufar
Vosso,
Rui Júnior